O jejum intermitente, prática que consiste em alternar períodos de alimentação com períodos de jejum, tem ganhado cada vez mais popularidade como ferramenta para perda de peso, melhora da saúde metabólica e bem-estar geral.
No entanto, a falta de conhecimento sobre os mecanismos do corpo durante o jejum, a ausência de aprofundamento no tema e a desatenção em colocar essa nova rotina em prática podem transformar essa jornada em um caminho repleto de riscos.
Então, se você está buscando emagrecer de uma maneira permanente, estabilizar seus exames clínicos em taxas completamente saudáveis, ter mais agilidade e sentir benefícios inclusive na beleza da sua pele e seus cabelos, o jejum intermitente é para você, porém é preciso mergulhar nesse aprendizado.
Os Riscos do Jejum Intermitente Sem Conhecimento
A decisão de iniciar o jejum intermitente, porém, sem o devido conhecimento pode desencadear uma série de problemas de saúde, tanto a curto quanto a longo prazo.
Entre os principais riscos, destacam-se:
Desnutrição:
A restrição calórica prolongada pode levar à deficiência de nutrientes essenciais, comprometendo o funcionamento de diversos órgãos e sistemas. Principalmente se você não sabe quantas horas deve ficar em restrição e o que é importante comer nas janelas alimentares. A simples falta de alimentação pode representar um grande risco.
Fadiga crônica:
A falta de energia proveniente dos alimentos pode causar fadiga excessiva, dificuldade de concentração e irritabilidade. Exatamente, inverso do que se busca com o jejum consciente e feito com bases científicas. O jejum intermitente executado com protocolo é capaz de elevar seus níveis de energia e de entregar muito mais agilidade mental.
Distúrbios hormonais:
O jejum intermitente pode interferir na produção de hormônios como a leptina e a grelina, que regulam o apetite e o metabolismo, levando a desregulações hormonais e dificuldades para manter o peso a longo prazo. Por isso, é preciso compreender seus objetivos, entender as etapas porque o organismo passa durante o jejum e colocar em prática com consciência.
Problemas gastrointestinais:
A alteração nos hábitos alimentares pode desencadear problemas como azia, refluxo, constipação e diarreia. Estes sintomas também estão presentes no excesso de alimentação, além de gordura visceral, uma das mais perigosas para a sua saúde. Por isso, as mudanças da sua rotina alimentar precisa ser gradativa.
Distúrbios alimentares:
A obsessão pelo jejum e a restrição alimentar podem desencadear ou agravar transtornos alimentares como anorexia e bulimia. O jejum precisa ser colocado como uma rotina leve e de hábito de vida.
Hipoglicemia:
A queda brusca dos níveis de açúcar no sangue durante o jejum pode causar tonturas, fraqueza, confusão mental e, em casos mais graves, perda de consciência. Portanto, com mais conhecimento você irá notar que o jejum é ou não viável para o seu estilo de vida e padrão corporal.
Fraqueza muscular:
A falta de nutrientes pode levar à perda de massa muscular, comprometendo a força e a resistência física. Por isso, é fundamental perceber o corpo durante os períodos de jejum.
Aumento do cortisol:
O jejum prolongado pode aumentar os níveis de cortisol, hormônio do estresse, com consequências negativas para a saúde mental e física. Reconhecer os diferentes protocolos estabelecidos pela ciência, irão ajudar a entender qual o melhor tipo para estabilizar o cortisol.
A Importância de Compreender o Corpo Durante o Jejum
Para evitar os riscos e maximizar os benefícios do jejum intermitente, é fundamental compreender os processos que ocorrem no organismo durante o jejum. Ao longo das diferentes fases do jejum, o corpo passa por adaptações metabólicas importantes:
- Fase inicial: Nas primeiras horas de jejum, o corpo utiliza o glicogênio armazenado no fígado como fonte de energia.
- Fase de cetose: Com o esgotamento das reservas de glicogênio, o corpo inicia a produção de corpos cetônicos a partir das gorduras, que se tornam a principal fonte de energia.
- Autofagia: Durante o jejum prolongado, ocorre a autofagia, um processo de limpeza celular que elimina as células danificadas e promove a renovação tecidual.
Estas são explicações rápidas e superficiais, pois existem inúmeros protocolos estudados e descritos pela ciência, sete deles são mais populares.
Portanto, é importante saber mais sobre eles ao iniciar sua jornada no jejum para escolher o que melhor se adapta a você.
Benefícios do Jejum Intermitente Quando Bem Realizado
Quando realizado de forma segura e acompanhada por um profissional de saúde, o jejum intermitente pode oferecer diversos benefícios, como:
- Perda de peso: A redução da ingestão calórica e o aumento do metabolismo podem levar à perda de peso de forma mais eficiente.
- Melhora da sensibilidade à insulina: O jejum intermitente pode ajudar a controlar os níveis de açúcar no sangue e reduzir, assim, o risco de diabetes tipo 2.
- Redução da inflamação: A autofagia induzida pelo jejum pode reduzir a inflamação crônica, associada a diversas doenças.
- Melhora da saúde cerebral: O jejum intermitente pode estimular a neurogênese e assim proteger o cérebro contra doenças neurodegenerativas.
- Aumento da longevidade: Alguns estudos sugerem que o jejum intermitente pode aumentar a expectativa de vida e portanto retardar o envelhecimento.
Como Iniciar o Jejum Intermitente de Forma Segura
Para iniciar o jejum intermitente de forma segura, é fundamental seguir algumas recomendações:
- Aprenda mais sobre o jejum intermitente: é importante saber sobre os diferentes protocolos, no ebook Fórmula do Jejum Intermitente, você vai o passo a passo desde o início para ter todos os benefícios do jejum. É uma leitura rápida e imprescindível para começar de maneira correta.
- Consultar um profissional de saúde: antes de iniciar qualquer tipo de dieta, é importante considerar fazer uma consulta médica ou a um nutricionista para avaliar sua saúde
- Iniciar gradualmente: Conforme você entende os diferentes protocolos do jejum, comece colocando em prática sem pressa e mantendo a consistência.
- Hidratar-se adequadamente: Beba bastante água durante todo o dia, especialmente durante os períodos de jejum. Ela irá, inclusive, ajudar a reduzir a sensação de fome.
- Priorizar alimentos nutritivos: Durante as janelas de alimentação, priorize alimentos ricos em nutrientes, como frutas, legumes, verduras, carnes magras e grãos integrais. Uma seleção de superalimentos, onde você tem muita nutrição em pequenas porções é grande aliada.
- Ouvir o corpo: Preste atenção aos sinais do seu corpo e interrompa o jejum se sentir mal, pois, com o aumento do seu conhecimento sobre o tema, você saberá ter uma melhor compreensão sobre as etapas que o seu corpo está passando. Mas sempre vá com calma.
Conclusão
O jejum intermitente, está cientificamente comprovado, é uma ferramenta eficaz para melhorar a saúde e o bem-estar em geral. Ele promove a perda de peso e o equilíbrio de toda saúde metabólica, mas é fundamental abordá-lo com cautela e conhecimento.
A falta de orientação e a desconsideração dos sinais do corpo podem transformar essa prática em um risco para a saúde. Por isso, ao compreender os mecanismos do corpo durante o jejum e seguir protocolos estabelecidos pela ciência, é possível aproveitar todos os benefícios dessa prática de forma segura e eficaz.